Pensamos em brigadeiro de colher, pensamos melhor e vimos duas mãos alimentando a alma do mundo! Seguramos as mãos e seguimos a vislumbrar algo muito novo e muito além de tudo o que há em nós. Um ar de travessura, um gosto de alegria, um cheiro de casa de vó, mas, sem dúvida, com um jeito de juntar tudo, porque junto é BEM melhor!!
27 de novembro de 2011
Dona de casa, eu?
Já faz um tempo e eu estava vendo uma reportagem no "plim-plim" quando, de repente, apareceu uma mocinha, no máximo uns vinte e poucos anos, ela falava sobre os problemas do bairro e embaixo do nome dela a reportagem escreveu "dona de casa".
Na ocasião fiquei cho-ca-da, como uma moça tão nova era dona de casa?
E não é que acontece?
Você tem lá os seus vinte e poucos (ou muitos) anos, daí, se casa, daí, faz um filho, daí, o emprego é uma caquinha (de nariz com rinite crônica!! rs), daí, larga o emprego, daí, quando você vê já é dona de casa!
Nada contra as donas de casa, mas é estranho alguém da minha idade se intitular desta forma. Acho que bate até uma vergonhinha, acho que falta a voz, abaixa a cabeça e disfarsa, sabe?
Outro dia mesmo me peguei falando como a minha mãe, quando era casada com o pai do Rodrigo e da Vanessa... "ah, não tou afim de ficar conversando com aquelas meninas (esposas de amigos do Edu), não tenho assunto com elas e tals."
Falei isso porque não tinha nada para falar, afinal, não rola ficar contando a última novidade na economia de luz ou como tirar aquela mancha da roupa do bebê, para pessoas que gostam de falar sobre como está o trabalho ou sobre como foi a aceitação de seu projeto pela chefia.
No mais, vou falar sobre o quê?
Sobre as muitas facetas da maternidade, sobre a minha quase desistência pelo segundo filho, sobre os mil planos que já fiz para um salário que eu nem sei quando vou ganhar?
Difícil.
O mais difícil é limpar tudo, lavar, cozinhar e nunca ver o fim do serviço... Quando o serviço é outro, você sabe que começa e vai terminar algum dia, ou que dependendo do que fizer, pode fazer uma outra coisa depois, diferente da primeira, mas aqui dentro desta casquinha não vejo outra coisa a não ser brigar com os meus cabelos que teimam em querer em se esparramar pelo chão recém limpo, que me fizeram desistir de deixar o Caio brincar no chão e colocá-lo num cercadinho.
Pobre Caio, às vezes, ele esfrega os dedinhos na tela e dá aquela impressão de preso de filme, que fica batendo a caneca de alumínio nas grades, sabe?
Minha mãe acha que a neura passa depois que eu voltar a trabalhar, será?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
gostei. sigo. :)
Bom!
Postar um comentário