3 de julho de 2009

Desaventuras em série

Imagine um dia em que seus desejos se tornam realidade. Você vai se livrar de tudo o que sempre te incomodou: as caras, as bocas, os gestos vazios...
Parece um dia muito feliz, mas você chora porque tem medo da incerteza que virá.
Você vai lá fora, sente o cheiro, sente sabores que não gosta. Larga tudo e volta para casa, porque lá é seu refúgio, lá você estará protegido de si mesmo.
Você conhece novos horizontes e possibilidades, mas tem que esperar, esperar muito... Daí, chega um cansaço desta batalha de provar o seu valor.
Dói dizer sempre as mesmas frases prontas, sorrir num dia em que sua cabeça está latejando, vestir roupas certas para causar boa impressão. Dói mais ainda ver seus planos se esvaindo na fumaça que virou seu destino, você perdeu o controle da situação, perdeu o controle da sua vida.
Daí, você vê uma porta. Entra. Não se importa com o que há depois. Atravessa e espera se encontrar novamente, mas não há nada além de uma sala velha, cheia de coisas que ninguém mais quer.
É um lugar frio e você está só. As pessoas que partilham os seus planos e sonhos ficaram lá, na sua antiga vida. Naquela que você abandonou porque se achava importante demais para aceitá-la.
Lá você sabe quem você é e onde quer chegar. E se o dia ficar nublado sempre tem alguém para olhar por você, sempre tem um sorriso para te aquecer e uma mão amiga para sustentar o SEU MUNDO.

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