28 de fevereiro de 2011

A realidade agora é outra


O espelho é implacável: tenho cabelos brancos, uma porção deles, uma herancinha da gravidez chamada línea negra, que pode levar até um ano para sumir e o meu quadril rejeita todos os meus jeans apesar de só faltar 2Kg para eu voltar a velha forma...
Ficar em casa nem é tão legal como eu pensei que seria, todo dia as mesmas coisas para fazer e ainda tenho que ouvir que não estou fazendo nada, só porque não tenho tempo para enviar email ou criar planilhas para controle das despesas. Poxa criança toma tempo e não estou reclamando, mas seria legal se, pra variar, as pessoas entedessem porque ainda não voltei a caminhar ou a estudar para aquele meu concurso dos sonhos.
Fora as "tias Matilde". Todo mundo sabe mais sobre o meu filho do que eu... então, faço de conta que escutei, agradeço a sugestão e continuo fazendo as coisas do meu jeito. No que tenho dúvida, consulto a opinião do Edu, afinal, por isso, fizemos o curso de puericultura. Não que um cursinho tenha nos tornado experts em recém-nascidos, mas nos deu base suficiente para saber que óleo Johnson's não cura até unha encravada.
Me lembro de algo que a Lívia escreveu sobre ter pulso firme e não se deixar manipular, já que todo mundo dá pitacos no modo como criamos nossos pequenos.
Todo final de semana, por exemplo, recebo lição de como colo vai fazer o meu filho ser um doutor. Colo? Ah, tá...
Eu até acreditei que o famoso PU/PD da Tracy Hogg iria me ajudar no chororô do Caio, mas não funcionou, então, como disse a pediatra dele, eu tenho que encarnar a Super Nanny, afinal, até hoje não há uma criança que tenha morrido por chorar, certo?
Daí, que neste domingo, quando o pavão aprumado começou com a ladainha de que o bebê estava chorando e que queria peito, eu respondi que ele tinha acabado de mamar. Dois segundos depois, o menino está molhado, não tem que trocar a fralda dele. Bom, querida, é fralda descartável da "boa", não tenho que trocar só porque o menino fez um xixizinho. O bebê continuava no bebê conforto e a pessoa, queria mesmo me atazanar... mas ele tá começando a chorar, você não vai pegar ele no colo? Não. Ai, que castigo para o bebê... Se eu o pegar no colo a cada vez que ele chorar, eu é que vou ficar de castigo a noite inteira com ele no colo! Daí, a pessoa parou de perguntar. Amém!
Agora, uma coisa que eu jurei que não faria e mudei completamente de opinião, foi quanto ao uso da chupeta. Na UTI deram uma para ele se acalmar, as enfermeiras e pediatras achavam ele muito nervoso. Daí, ele veio para casa e não tirava a mão da boca... manhê, pega dinheiro na minha carteira e compra uma peta ortodôntica para o Caio? A vovó comprou, eu dei a dita para o menino e fiquei aguardando uma bronca na consulta com a atual pediatra dele, mas que nada, ela não só aprovou a minha decisão, como explicou que a chupeta com o tempo a gente consegue tirar, mas e a mão?
ADORO!!
Ainda não consigo plena mobilidade, já que tenho carro na garagem e não dirijo. Mas vou experimentando, já descobri que não rola levar ele de carrinho+bb conforto para a casa da vovó. O bb conforto pesa, no carrinho de alumínio e a ladeira para casa dela me deixou com dores nas pernas como se eu tivesse corrido a São Silvestre. rs
Ah, porque coloco o bb conforto junto? Porque o Caio ainda é miúdo para o carrinho, daí, no bb conforto ele fica melhor acomodado e mais seguro, por isso, uso o "conjunto", mas daqui uns meses não será mais necessário, se Deus quiser...
Agora, ele parou de de se divertir com o teto e começou a choramingar... como já troquei e está alimentado, vou apelar para a peta!!

23 de fevereiro de 2011

UM TRAUMA!


Estou aqui aguardando o sistema voltar!!

Ouvindo uma entrevista de Fátima Bernardes, onde a mesma conta que teve um trauma de não ter sido bailarina profissional! Logo Marilia Gabriela comenta que também tem o mesmo trauma! Ôôô Meu Deus eu também tenho uma pontinha de trauma..hihihihi não cheguei a fazer aulas + gostaria...acho que vou tentar!

21 de fevereiro de 2011

Chorambulância

Alguém aí pode desligar esta sirene que está tocando desde às 16h de hoje??
Já dei as gotinhas para cólica, troquei a fralda, dei mamá, colinho, mas a chorambulância não desliga!!
SOCORRO!!

Special Thanks

Sabe como é vida de mãe de primeira viagem, né?
Bebê chora e ninguém sabe o porquê, a mãe não tem hora para dormir, só para acordar... manicure? quem faz isso? Cabelo penteado, só quando saio de casa... rs
Daí, o blog ficando tão abandonadinho!!

Bom, na semana do meu aniversário (13/02), a Cecília me lembrou do dia em que o Caio nasceu. Ela se desculpou por ainda não conhecer o meu gatinho, mas esclareceu que não poderia deixar de ir no hospital me dar um abraço num momento tão delicado para gente...
É verdade, naquele dia, quem precisava de colo era eu e o Edu e como quem tem amigos, tem tudo, é claro que recebemos o carinho das minhas amigas!!
Ao vivo, da Ferr, da Di, da Kelly e da Cê e por telefone da Joyce, que me acompanhou desde a primeira série de contrações...
Um super obrigada para vocês queridas!!

2 de fevereiro de 2011

Meu relato de Parto Normal

Bom, cabe avisar aos marinheiros de primeira viagem que este relato não é bem daqueles típicos de novela das 8, então, sugiro que se você se impressiona fácil, procure um relato mais "normal" pela blogosfera.
Posso garantir que você vai encontrar conselhos muito úteis e histórias inspiradoras, pelo menos eu me senti assim quando li muitas delas...

Bom, perdi tampão entre sexta (7/1) e sábado (8), daí, que como as contrações já estavam mais próximas umas das outras, fomos para maternidade. Trânsito na Radial (ADORO!!), mamãe no banco de trás e maridão segurando a minha mão, entre a primeira e a segunda marcha... rs
Eis que chegando lá a obstetriz me examinou e saiu o restante do tampão (jurava que já tinha saido tudo!) e o diagnóstico de apenas 1 dedo de dilatação.
Fomos para a salinha para fazer um cardiotoco, mas as contrações ainda não eram suficientes para dizer que eu estava próxima do nascimento do meu pequeno. E para aprontar com a mãe dele, ele dormiu durante o exame...
Daí, na hora de assinar a minha alta, a obstetriz me tranquilizou dizendo que se eu não voltasse no dia seguinte, o nascimento do Caio não passaria de terça-feira. Ufa, no máximo em três dias!
Dia seguinte (9), várias contrações, passamos o dia na casa de mamys, mas fomos para casa esperamos mais um pouco antes de ir para maternidade.
Demos entrada no hospital, às 23h, a mesma obstetriz do dia anterior abriu um sorrisão e disse acho que desta vez você fica. Adivinha quanto de dilatação? Eu, inocente, 5? Ela confirmou e correu para ligar para o meu médico.
Ele autorizou a internação e preechemos uma papelada sobre meu estado de saúde antes de eu subir para o Centro Obstétrico.
A dor tava ficando cada vez mais forte, mas todas as enfermeiras me receberam com um carinho extra a cada vez que eu confirmava que era parto normal.
Enquanto o Edu subia com as malas e assinava a papelada do convênio, eu fiquei numa salinha andando para ajudar a dilatar mais rápido.
Daí, surgiu a Márcia a obstetriz que ficou comigo durante todo o processo. Fomos para suíte de PN, cardiotoco devidamente instalado no meu barrigão... a cada vez que o coração do Caio acelerava, vinha uma contração super hiper. Praticamente uma hora depois da minha entrada do hospital, já estava com 7 pra 8 de dilatação, corre mandar o médico voar para o hospital.
Quando ele chegou, estourou a bolsa (aliás, esta foi a pior dor que tive que suportar, juro!!) e o anestesista me passou uma raqui porque eu teria risco de hemorragia no caso de uma peridural.
Daí, tudo pareceu bem moleza depois de anestesiada. A obstetriz mandava eu fazer força na hora da contração (eu não conseguia perceber sozinha quando estava com contração por causa da anestesia), o médico e o Edu na torcida para ver logo a cabecinha do pequeno.
Ele coroou, faz força e nada. A obstetriz fazendo parede (pressão sobre a barriga para ajudar o bebê a sair) e nada. O Edu dizendo que já dava para ver os cabelinhos, mais força e nada...
Daí, meu doc que é uma pessoa maravilhosa, disfarçou e disse que ia me ajudar a trazer o Caio para fora, pediu as espátulas para fazer forceps. Me pediu para avisar se eu sentisse alguma coisa diferente.
Ele começou a puxar o Caio e eu senti um dor lá dentro da barriga. Daí, eu falei que estava sentindo...
Ele falou seu filho nasceu e eu vi uma coisinha pequenina de bunda para mim. Um pouquinho mais de dor, cortou o cordão umbilical e a obstetriz, a enfermeira e a pediatra correram com o Caio para o bercinho aquecido.
O que estava acontecendo? Cadê um chorinho?
Era bomba de ar, aspira, mais ar... E a primeira visão que tive do rostinho do meu filho foi com ele entubado, indo para UTI.
Enquanto o doc me costurava, me explicou que o cordão umbilical era curto, daí, quando eu fazia força, ele saia, quando eu parava ele voltava pra dentro da barriga, por isso, ele se sufocou, acabou engolindo e aspirando líquido de parto. Só muitos dias depois o Edu disse que deu para ver que a carinha dele estava roxa quando saiu de mim.
Ele nasceu às 1h50, de 10 de janeiro, pesando 3,150Kg e medindo 49cm. Ficou respirando com ajuda de aparelhos apenas nas primeiras horas de vida. Na visita da tarde, o Edu disse que ele já estava respirando sozinho, dentro da encubadora.
E eu fiquei sem ver o Caio porque desmaiei, depois porque tive que colocar uma sonda (intercorrências da raqui). A primeira vez que ouvi ele chorar, acho que foi o momento mais feliz do mundo...
Eu fiquei internada 5 dias e ele 7.
A gente viu bebezinhos que nasceu depois dele terem alta antes, dava uma invejinha. O Edu ficou horas e horas no American Bar esperando eu voltar das mamadas e viu dezenas de vezes a apresentação que pedimos para a minha mãe gravar do Caio, mas ele não apareceu no telão, porque ver o nosso pequeno é só para raros!!
Dois bexigomas depois, 3 sondas e posso garantir que não me arrependi de ter feito parto normal. De que me adiantaria trazer um pequeno a mundo e não estar aqui para contar essa história?
Ainda vou chorar muitas vezes quando eu contar como foi o parto, vou chorar muitas vezes só de olhar ele dormindo tranquilo em seu quartinho azul e branco e agradecer todos os dias por Deus ter colocado ótimos profissionais e nosso caminho e por nos ter concedido a glória de estarmos juntos. Amém!!!