14 de novembro de 2008

Os melhores psicopatas?

Observar os muros e portões de estabelecimentos de São Paulo, em boa parte das vezes, significa ler mensagens de pichadores ou inscrições pouco comuns...

Como um desenho de uma rua (tipo desenho de criança sabe? estilo caminho suave!!) com um placa também desenhada, com a inscrição "avenida". Este desenho está numa porta de uma loja de roupas femininas e só aparece quando a loja está fechada.

Minha pergunta é: nesta cidade há alguma avenida com jardins floridos nas laterais e sem nenhum carro ou transeunde??? Desconheço esta informação e inclusive ouso a dizer que o autor da obra deveria estar sob efeito de entorpecentes, por álcool não teria efeito tão devastador na mente da pessoa!!!

Mais a frente, também numa porta... uma pichação "os melhores psicopatas". Será que o autor pensou em fazer propaganda dos donos do estabelecimento? Será que foi uma ironia, porque os tais donos não são os melhores?? Sim, porque ninguém se auto-chama de psicopata. Não os psicopatas que conheço.
Ao contrário, eles até passam como normais no meio da multidão. O namoradinho de São Bernardo não parecia normal na imagens que mostraram na tv? Então...

Tem uma mensagem numa ponte em plena da Salim (se não me engano). "Mi pra sempre" assinado por alguém que não fez caderno de caligrafia na infância. Mi era a namorada, o namorado, ou um amigo pichador?? Dúvida cruel.

Aliás, eles têm alguma coisa com os mortos... várias inscrições sobre saudades de alguém que se foi, eternizada nos muros da cidade. Será que os que se foram, voltam para ler?

Enfim, eu, enquanto "melhor observadora" continuo não entendendo os melhores psicopatas.

12 de novembro de 2008

Antes e depois

Antes perguntava o quê fazer, como dizer, o que achar. Depois fazia do seu jeito. o que significa que não há mais democracia.

Antes e agora, tem que comer muita farofa para chegar até lá. Vai ter que rebolar, convencer... e cá entre nós, nem você se convence do que diz!

Tem também aquela mania insistente de sorrir para tudo para fazer de conta que passou. Se não passava antes por que vai passar depois?

E eu te digo: pior do que está, com certeza pode ficar!

Não adianta ter uma idéia brilhante e não executá-la logo... porque o tempo tá passando e ele é cruel com quem tem certeza de que ia dar tudo certo.

E nem vá pensando que você é fodão, porque, no máximo, você é uma fodinha mal dada!!! As pessoas só te escutam por falta de opção ou pelo dinheiro que recebem no final do mês.

Tenho um dó de você! Mas ao mesmo tempo tenho nojo desta sua mania de se juntar ao que não presta. De fazer a carinha "somos todos amigos" e engolir mais um sapo.

Meu estômago já não suporta mais esta comédia macabra, na qual não há motivos para alegria e estas risadas sem graça já não me convêm.

Sabe o que vem depois? Solidão. Afinal, os "somos todos amigos" não querem conhecer a sua casa e nem os seus problemas.

Tantos passados

Encontrei um monte de passados meus jogados ontem na Avenida Paulista.
Pensei: e se eu tivesse ficado? Se eu tivesse a coragem da Paty e me fixado ali... naqueles prédios infinitos, nos vidros tantos espelhados?

Não consegui.

Olhei o Itaú Cultural e me lembrei das horas de almoços gastas ali dentro. Entre cores, telas e gentes tão diferentes e as risadas que dei...

Atravessei a rua, encontrei o chinês. Ali comi meu primeiro yakissoba, meu primeiro rolinho primavera. Ali descobri que ser chinês não significa ser sujo...

O Sesc ainda cobra? Show instrumental com um cara de nome esquisito: entrada franca. Antes tocavam aqui mesmo, na calçada. Juntava um bando de gente engravatas ou não e parecia que tinha caido um balão.

A loja de sapatos, a petshop. As ruas, as lembranças, tudo misturando.

Achei o bar. Lembrei da Lú dançando com a Eli E-N-L-O-U-Q-U-E-C-I-D-A-S!!! A gente lotava aquele lugar. Ontem pareceu tão vazio... os garçons eram outros, mais simpáticos talvez. Ou será que a gente descansava o copo na mesa e, como num passe de mágica, tudo ficava melhor?

E se eu tivesse ficado com eles? Provavelmente, já seria chefe... ganharia menos, trabalharia mais e seria muito mais feliz!

Sempre fico com aquela sensação "e se..."

Adoro aquela avenida. Se pudesse iria para lá agora. Só para ficar andando na calçada. Só para ficar catando o meu passado do chão.