26 de setembro de 2008

Sob influência


Acordei e pensei: que merrrrrrda!!!
De novo ir para aquele lugar, para aquela gente!!!
Daí, lá fora um... cabrrrruuuumm! E ainda por cima chovendo... MERDA duas vezes!!!
Não posso chegar atrasada, não posso chegar atrasada!!!
Tenho cinco minutos para o café, quinze para o banho... e me atraso trocando de roupa aos 46 do segundo tempo.
Aí, nada dá mesmo certo num dia chuvoso.
Hum, que desculpa esfarrapada para chegar atrasada... Péssimo!!!!
Daí, o café estraga meu estômago e o pretexto para falar com alguém bacana, se torna uma estupidez da minha falta de observação.
Aí, que idiota! Isto é o que chamo de auto-promoção da burrice!!
Aliás, este lugar me emburrece, consome meus neurônios neuróticos com aperte e solte o botão.
Socorro, Paizinho!!!
Daí, lembrando Tati Bernardi, pensei o que eu diria antes de partir?
Vão todos tomar no c...!!!

17 de setembro de 2008

O cheiro

Tem cheiros que nos remetem a momentos específicos de nossas vidas, não é verdade?
Pois bem, rosas me lembram morte.
Acho linda a florzinha bem longe de mim. Perto, me dá agonia!!
A vela, o choro, os velórios pelo corredor sem fim, o corpo frio: é
morte.
E cheiro pelo corredor, pelas campanas, tudo cheira a rosas molhadas e amanhecidas.
E sempre que alguém morre parece que Deus chora também. E chove o dia todo, a tarde toda.
Chuva, chuva, chuva...
E a flor brincando que é divina, assim, sem mais nem menos, também se molha e parece chorar
junto com a família. Ou será que sabe que também é o enterro dela? Porque sim, elas acompanham o morto até a decomposição do ser. Mas ela some antes, porque debaixo da terra não tem mais como se deixar cheirar pelos narizes sadios.
O cheiro de rosas está neste momento invadindo o meu nariz.
Não é dos mortos, é dos vivos... e, infelizmente, não posso fazer nada para mudar isso.

9 de setembro de 2008

Do outro lado

Pensei que seria eu a dona de tudo.
Ocupada com as verdades nossas do dia-a-dia ou com qualquer outra coisa que consumisse o tempo, mas o que me sobrou foram caixas vazias, ações mecânicas e isentas de pensar.
A que ponto chegamos!!! Às vezes, me envergonho da paga por tais atos levianos... mas e se a culpa não é minha?
E se eu quisesse mais do que isso e o mundo não ecoasse meus anseios?
Escolhas erradas, medos (de quê?) e angustias infundadas.
O fato é que me guiei até este ponto, única responsável e, por isso mesmo, me debato nesta jaula, buscando uma saída.
Eu quero mais, eu posso e, me aguarde, logo mais estarei do outro lado.
Daquele lado que sonho e espero estar todos os dias quando acordo.