Encontrei um monte de passados meus jogados ontem na Avenida Paulista.
Pensei: e se eu tivesse ficado? Se eu tivesse a coragem da Paty e me fixado ali... naqueles prédios infinitos, nos vidros tantos espelhados?
Não consegui.
Olhei o Itaú Cultural e me lembrei das horas de almoços gastas ali dentro. Entre cores, telas e gentes tão diferentes e as risadas que dei...
Atravessei a rua, encontrei o chinês. Ali comi meu primeiro yakissoba, meu primeiro rolinho primavera. Ali descobri que ser chinês não significa ser sujo...
O Sesc ainda cobra? Show instrumental com um cara de nome esquisito: entrada franca. Antes tocavam aqui mesmo, na calçada. Juntava um bando de gente engravatas ou não e parecia que tinha caido um balão.
A loja de sapatos, a petshop. As ruas, as lembranças, tudo misturando.
Achei o bar. Lembrei da Lú dançando com a Eli E-N-L-O-U-Q-U-E-C-I-D-A-S!!! A gente lotava aquele lugar. Ontem pareceu tão vazio... os garçons eram outros, mais simpáticos talvez. Ou será que a gente descansava o copo na mesa e, como num passe de mágica, tudo ficava melhor?
E se eu tivesse ficado com eles? Provavelmente, já seria chefe... ganharia menos, trabalharia mais e seria muito mais feliz!
Sempre fico com aquela sensação "e se..."
Adoro aquela avenida. Se pudesse iria para lá agora. Só para ficar andando na calçada. Só para ficar catando o meu passado do chão.
2 comentários:
Nossa, dá uma tristesa sabe...esse lugar nos congela!!! quando vamos conseguir nos livrar??? e realmente ser feliz?!?!
Claro que vamos...
Deus está do nosso lado. Não está??
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