1 de julho de 2010

Amigos


Estava ontem no banho, com uma baita dor de cabeça... a rinite está atacada ao extremo e não posso tomar remédio, para proteger meu filhote! Então, curtindo a dor sob o vapor calmante, me lembrei de quando eu era pequena.
Minha mãe sempre me descreveu como a que tinha poucos amigos. Aos 7 eu só falava com 3 menininhas do prédio, no colégio acho que meus amiguinhos não passavam de 5 (entre meninos civilizados e meninas estudiosas), depois nos mudamos para a Biri e uma multidão de crianças e adolescentes invadiram a nossa casa e por algum tempo tive muitos amigos para brincar, chorar, amar e colecionar (eram tempos de papéis de cartas, rs).
Separação dos meus pais, por motivos que até a minha melhor amiga teve que descobrir sozinha, me isolou novamente do mundo.
Fora que adolescência é mesmo um porre, a gente mal se aguenta, quem dirá aguentar outros aborrecentes! Tinha o grupo de trabalhos do colégio, as meninas que faziam estágio comigo, a amiga que pensei que ia salvar da depressão e apenas uma menina da minha rua.
Ou seja, até hoje amigos vem e vão, mas no aperto só mesmo uma meia dúzia são pau pra toda obra.
É claro que super amigos de antes, ainda são amigos para altas horas no telefone, com direito a confidências de desejos e pecados (no bom sentido! sou uma moça muito bem casada, me respeitem!). Senti isso na pele no final de semana e senti ainda mais porque esta amiga está de mudança para outro continente.... mas tenho certeza que vamos nos falar por email, msn, orkut, facebook e afins... afinal, logo, logo (se Deus quiser!!!) ela também vai fazer parte do time das barrigudinhas!!!
O fato é que na minha vida sempre foi assim, quando começa a formar bolinho, saí alguma confusão, quebram-se os cristais e apenas as pessoas que valem a pena continuam no meu "circulo de confiança".
Comigo é 8 ou 80, se é amigo é para confiar infinitamente, é para dividir amores e dores, é para pagar mico, para defender até debaixo d'água, para ficar quietinho ouvindo a música do vento, para fazer barulho de alegria, para experimentar o restaurante novo, dividir bolo (de cenoura com cobertura de chocolate da Jó!), emprestar roupa para aquela festa do ano ou ir junto comprar, ficar horas teclando por email porque a "bunitinha aqui" não tem o que fazer no trabalho, é ouvir/fazer reclamação mil vezes da mesma coisa, é ver de novo fotos daquela viagem, mas é acima de todas as coisas SINCERIDADE a toda prova ainda que me ou te faça chorar!!!
Felizes daqueles que tenham poucos, mas que sejam amigos de muita qualidade!!!!

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