Mês das mães

by mulhercomomaria.blogspot.com

Eu resolvi fazer diferente e não falar das mães já conhecidas. Acho que este ano quem merece a minha atenção são outros tipos...
Explico: sabe aquele tipo que se diz como alguém que não quer ter filhos. Então, para aquelas mães na teoria, que pensam saber tudo sobre educação infantil, mas não passou uma noite em claro, não viu com os olhos de quem pariu o primeiro sorriso ou o primeiro passo sozinho.
Elas pensam que basta trocar um fralda de vez em quando ou dar uma mamadeira e pronto! Não precisam sentir mexer por dentro, não precisam sonhar com o próximo ultrassom, não precisam cuidar da alimentação ou passar a noite em claro de ansiedade pelo parto que não quer chegar.
Elas são bobonas e tem medo da alegria do primeiro chorinho, do primeiro cheirinho. Nunca vão saber como é pegar alguém tão frágil e molinho que depois vai virar um (a) garotão (ona).
Pode até ser que seja mesmo bom poder ir no cinema sem se preocupar com o horário para voltar, mas não troco o meu gostosinho me agarrando de saudades, por uma esticadinha.
E se para estas falta coragem, tem um outro tipo que é pura coragem. São inquietas e tem "aquele" brilho no olhar, são as "tentantes".
A família sabe, talvez a sogra não, mas ela fica todo mês rezando para não vir, vê se pode? rs
Elas às vezes nem tem o emprego dos sonhos, nem o clima dos sonhos, mas querem parir e nem querem saber se vai doer. Querem mãozinhas pequenas entre as suas, querem chorinho de madrugada, olheiras e nem pensam em corpão, lipoaspiração ou abdominoplastia. Querem engordar, ficar peitudas e gerar a carinha do papai. (a gente engorda e as crianças nascem a cara do pai, pode se contentar, é fato!)
E se desce ficam tristes, é quase o fim. Uma dorzinha no coração, mas só dura um dia, depois, já estão prontas para a próxima tentativa, para mais uma cartela de ácido fólico, para mais uma novena para Santa Rita ou Santo Expedito.
E tem as mães que quase foram, mas já não são. São as que viram o ultrassom, planejaram o quartinho, compraram sapatinho, mas o bebê desistiu e partiu.
São mães de luto solitário, com a vergonha do sangue descendo sem ter fim. Que anunciaram feliz a maternidade e agora tem que fazer de conta que foi pegadinha e desdizer o que foi dito.
O que dizer para elas?
Coragem, irmãs! Coragem e saúde para se preparar para a próxima gravidez com mais cuidado, para que o sonho se torne realidade e para que todas as mães possam um dia ter o orgulho de carregar seu pacotinho nos braços. E que no dia das mães tenham o sorriso de quem viu a primeira mamada, a primeira gargalhada e o primeiro tombo (que rendeu um belo galo na testa e quase uma parada cardíaca do papai).