Estava hoje passando o meu tempo, saboreando um conto da Clarice Lispector (minha escritora nº 1 de todos os tempos) e me lembrei de como eu era menina.
Eu andava saltitando. Coisa besta andar saltitando... ia de casa até o mercadinho na esquina saltitando. O vento bagunçando os meus cabelos ondulados (sinônimo de desgrenhados pelo resto da vida).
A bochecha rosa de tantos pulos. A voz falhada de quem já perdeu o fôlego. E eu continuava saltitando com o pacote para casa.
Se encontrasse uma coleguinha no caminho, agarrava no braço dela e continuávamos a saltitar.
Acho que isso era um jeito de felicidade, um jeito de liberdade. Quem sabe?
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