14 de outubro de 2010

Para quem sente na pele

Empático diz-se daquele indivíduo que tem a capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente, de apreender do modo como ela apreende.
Onde estão estes seres? Seriam alienígenas à espreita aguardando o momento oportuno para invadir os corpos das pessoas com as quais tiveram esta experiência empática?
Em casa não há empatia. Há cobrança por atenção, pelo dinheiro para pagar a pizza de logo mais, pelo carinho cedido a vida e de graça. Há a justificativa do não tenho tempo, do você não sabe como é, do eu nunca tive amigos, do você sempre tem dinheiro e eu não e por aí vai.
Esta semana escrevi sobre como ser má e não postei porque descobri que eu não sei ser má, apesar de levar a fama.
É que os seres não-empáticos costumam a ver como más as pessoas que se recusam a se atirar no precipício com eles. Afinal, é sempre mais fácil apontar para o outro do que para si mesmo.

Nenhum comentário: